John Green: O Shakespeare da Geração Z?

John Green: O Shakespeare da Geração Z? Uma Análise do Fenômeno Literário
John Green, o aclamado autor, em uma pose pensativa
John Green, o autor que conquistou a Geração Z com histórias emocionantes.

Quando pensamos em literatura jovem, tragédias românticas e frases que marcam uma geração, é difícil não fazer uma ponte entre o gigante clássico, William Shakespeare, e o fenômeno contemporâneo, John Green. Mas será que o autor de A Culpa é das Estrelas pode ser considerado um "Shakespeare moderno"? Vamos analisar os fatos.

1. O Mestre da Tragédia Adolescente

A conexão mais óbvia entre os dois reside na forma como tratam o amor jovem e a tragédia. Shakespeare eternizou o romance adolescente condenado com Romeu e Julieta. Séculos depois, John Green capturou corações com A Culpa é das Estrelas (2012), uma obra que, assim como as peças do Bardo, lida com a inevitabilidade da morte e o "esquecimento".

A intensidade dramática de Green espelha as grandes tragédias de Shakespeare, onde o destino destrói os heróis e aqueles que eles amam.

Foto real de John Green em um evento literário.

2. Sucesso de Público e Adaptações

Shakespeare não escrevia apenas para a elite; suas peças eram entretenimento de massa. Da mesma forma, John Green é um gigante comercial, com mais de 50 milhões de cópias vendidas mundialmente. Ambos transcendem o papel impresso (ou o palco).

Enquanto as obras de Shakespeare são as mais filmadas e encenadas da história, John Green segue o mesmo caminho: A Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel e, mais recentemente, Tartarugas Até lá Embaixo, foram adaptados para o cinema, alcançando sucesso de bilheteria e crítica.

3. O Palco Mudou: Do Globe ao YouTube

Se Shakespeare usava o teatro para dialogar com seu tempo, Green usa a internet. Ele não é apenas um escritor; é um educador e criador de conteúdo. Ao lado de seu irmão Hank, ele criou o Vlogbrothers e o Crash Course, canais educacionais que acumulam centenas de milhões de visualizações.

Green utiliza essa plataforma para discutir literatura, história e até saúde mental, criando uma comunidade engajada chamada "Nerdfighters".

4. A Evolução dos Temas

Enquanto Shakespeare transitou entre comédias, histórias e tragédias, Green também mostra versatilidade. Ele começou com romances Young Adult premiados, como Quem é Você, Alasca? (vencedor do Michael L. Printz Award), mas recentemente expandiu para a não ficção com livros como The Anthropocene Reviewed e Everything is Tuberculosis (2025).

Veredito

John Green certamente não escreve em pentâmetro iâmbico e o formato de suas obras é distinto. No entanto, sua capacidade de capturar a angústia existencial da juventude e seu impacto cultural massivo o colocam em uma posição de influência comparável para a sua era.

Se Shakespeare construiu o Globe Theatre de madeira para projetar sua voz para Londres, John Green construiu um "teatro digital" de fibra óptica para projetar a sua para o mundo inteiro. Ambos entenderam que, para tocar o público, é preciso ir onde as pessoas estão e falar a língua de seus corações.

E você? Acha que A Culpa é das Estrelas será lido daqui a 400 anos como lemos Romeu e Julieta hoje? Deixe sua opinião nos comentários!

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