Se você viveu o início dos anos 2000, sabe que poucas coisas definiram tanto a cultura pop quanto os acordes iniciais de "California" da banda Phantom Planet. Mas, olhando para trás, The O.C. (Um Estranho no Paraíso) parece um verdadeiro surto coletivo: uma mistura caótica de drama classe A, trilha sonora indie impecável e roteiros que queimavam histórias na velocidade da luz.
Por que parecia um "Surto"?
A série tinha uma urgência insana. Em uma única temporada, tivemos overdoses em Tijuana, incêndios em casas modelo e triângulos amorosos que iam e vinham em episódios. Ela transformou o "nerd" em símbolo sexual através de Seth Cohen (Adam Brody), o namorado imaginário de uma geração inteira.
A música foi outro pilar: bandas como The Killers, Death Cab for Cutie e Coldplay ganharam o grande público através do palco do "Bait Shop", tornando a cena indie a coisa mais descolada do mundo.
A Polêmica Morte de Marissa Cooper
O maior momento de "surto" foi o destino trágico de Marissa Cooper (Mischa Barton) no final da terceira temporada. Ryan carregando o corpo de Marissa ao som de Hallelujah é uma das cenas mais traumáticas da TV.
Os bastidores: A morte foi uma solução para problemas internos com a atriz Mischa Barton e uma tentativa desesperada de renovar o roteiro. O resultado? A alma da série se foi, a audiência despencou e o cancelamento veio logo após a quarta temporada.
Veredito
The O.C. realmente existiu e deixou cicatrizes. Foi uma série que tentou ser cosmopolita e madura, tratando de classes sociais e identidade cultural, mas que se perdeu no próprio drama insustentável. Se você quiser reviver esse trauma, todas as temporadas estão disponíveis na HBO Max.
E você, superou a morte da Marissa ou finge que a série acabou na terceira temporada?