Sinopse: Depois que um mal transforma a maior parte da humanidade em zumbis sedentos de sangue, um pequeno grupo de sobreviventes encontra refúgio em um shopping center. É apenas uma questão de tempo até que os mortos-vivos cheguem, e a comida está acabando. Quando a eletricidade é cortada, o grupo precisa encontrar uma maneira de escapar das centenas de zumbis que tomam conta das ruas.
“Quando não houver mais espaço no inferno, os mortos retornarão à terra”. Essa é uma das frases que são usadas para estabelecer a história enquanto um dos personagens está assistindo alguns programas de TV. Os mortos voltaram a vida com fome e violentos, se comportando de forma animalesca e sedenta por carne humana. Mas nessa história acompanhamos um grupo de sobreviventes presos em um shopping, a enfermeira Ana (Sarah Polley), o policial Kenneth (Vigh Rames), o vendedor de Tvs Michael (Jake Weber), o segurança do shopping CJ (Michael Kelly) e alguns outros que estão ali para em algum momento alimentar os zumbis ou morrer de forma idiota.
Diferente do original que está recheado de críticas sociais ao consumismo em excesso, aqui temos uma história que busca sempre trabalhar a relação interpessoal dos sobreviventes, a enfermeira que vê seu marido se transformando em zumbi e busca conforto nos braços do vendedor de TV, o policial durão que cria uma amizade verdadeira com um sobrevivente de outro prédio, o segurança que no começo se mostra um grande e completo babaca com seus pequenos poderes e vai sendo desconstruindo até a sua redenção e claro, muita AÇÃO.
Ao acelerar o ritmo do filme e colocar o senso de urgência no máximo, são poucos os momentos durante o filme que podemos de fato relaxar, com zumbis insanos que correm e mordem tudo que veem pela frente, conseguimos sentir medo e angústia por esses personagens. A adaptação desse roteiro para uma realidade mais contemporânea e moderna é muito acertada sem apelar para muitos dramas, e nem se preocupando em explicar os motivos, a pergunta de “porque isso aconteceu? ” se transforma em “como vamos sobreviver?”. Outro ponto importante do filme é a caracterização e maquiagem dos zumbis, que além de bastante convincente também possuiu padrões diferentes conforme o tempo já zumbificado.
O incrível é perceber como esse filme poderia se encaixar em outras mídias, um jogo de video game ou RPG, quadrinhos ou até mesmo livros. Isso por que somos apresentados a esse grupo heterogêneo, bastante disfuncional e acompanhamos a sua evolução, conhecendo cada um aos poucos e ao mesmo tempo que eles criam laços entre eles, nós nos apegamos a eles. E temos esperanças que todos sobrevivam, todos eles consigam sair desse shopping e completar a missão de chegar a ilha deserta.
Mas o filme não é sobre esperança, não tem luz no fim do túnel quando subir os créditos...