Os Homens Que Não Amavam as Mulheres - Primeiro volume de trilogia cult de mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial e perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvelam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca...
Parte de sinopse do Skoob.Ao terminar o livro fica uma sensação de silêncio e impacto, enquanto toda a história ainda era processada e eu tentava descobrir a minha verdadeira reação. Cheguei à conclusão de que é muito bom. Muito bom porque não é só um livro de investigação – há várias investigações envolvidas -, é um livro sobre os personagens, é um livro gostoso de ler.
Quando eu comecei a ler, achei um pouco chato e parado o início tem um ritmo bem lento, mas aguente firme porque isso é somente o início. Quando conhecemos Lisbeth Salander o nível de interesse se multiplica e fica muito mais legal. Daí a leitura começa a fluir normalmente.
O livro não é somente uma história, é uma trama. As pontas evoluem se confundem e recebem um próprio final. Apesar de o modo fácil de resumir o livro se dizendo que é sobre uma investigação, não é só isso. O livro tem mais de 500 páginas e as que são sobre a investigação daria umas 100. O resto está repleto de situações diversas que representam o que o próprio título do livro traduz: “Os homens que não amavam as mulheres”. A cada divisão do livro há uma “dica”, trechos de dados sobre mulheres que sofrem abuso da Suécia. O interessante é que todas as pontas da história acabam relacionadas a isso.
Não é um livro com várias pequenas histórias diversas, é a própria evolução do que está acontecendo que leva a exemplos desses abusos. O livro intercala entre Mikael e Lisbeth, que passam a maior parte do tempo vivendo os próprios dramas um pouco afastados (ele na ilha da família Vanger investigando o caso, ela na cidade enfrentando problemas com a tutela). Só perto do final que eles passam a ficar juntos e o foco na investigação aumenta.
Falando sobre os personagens como parte importante da historia precisa de uma introdução. Começando por Lisbeth Salander, a personagem que marca o livro, os leitores. Ela é grande parte da história, é uma mulher de 20 e poucos anos, que teve uma vida difícil, muito por causa de seu próprio jeito. Não fala com ninguém, parece não se importar com nada, faz tudo de acordo com uma lógica própria e está contente com isso. Nesse livro, ela é uma hacker que trabalha para uma empresa de segurança e é brilhante no que faz. Durante o livro ela vai se transformando diante de nossos olhos. A história de Lisbeth acaba sendo muito mais complicada do que aparenta no início. Além disso, ela ainda traz um tom de defesa às mulheres misturado com sua personalidade forte que dá um toque especial ao livro.
Temos o outro peso nessa história: Mikael Blomviskt. Ele é um jornalista viciado no que faz, muito dedicado assemelha a Lisbeth nesse aspecto, faz jornalismo econômico, pode ser caracterizado como idealista por muitos. Ele é um dos fundadores da Millennium, uma revista independente que trabalha denunciando o que todo mundo joga para baixo do tapete. É numa dessas que a história começa: ao publicar uma história contra um grande empresário, acaba acusado por difamação e perde o caso, abalando a própria credibilidade e a da revista.
Há muitos outros personagens, como Henrik Vanger, Erika Berger e Dragan Armansky, que contribuem para a história e chamam atenção com suas histórias e personalidades interessantes.
O livro “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” e ótimo eu gostei muito, me prendeu durante dias com a trama muito bem amarada, não por causa da investigação em si, mas sim todos os assuntos abordados, o desenvolvimento dos personagens que gera um envolvimento com o leitor que te deixa apreensivo chegando ao final do livro. O assunto, os personagens e o desenvolvimento são muito mais importantes do que o “quem é o culpado?”.
Qual a opinião de vcs sobre o livro? Deixem nos comentários!